O Índice Global da Fome (GHI) de 2025 apresenta dados reveladores, destacando o Brasil com uma pontuação de 6,4 na categoria de ‘Fome Baixa’.
Este cenário, apesar de representar uma melhora em relação a anos anteriores, ainda coloca o país entre os mais afetados da América do Sul.
Neste artigo, exploraremos a situação crítica da Bolívia, os indicadores que fundamentam o GHI, e as questões de desigualdade e vulnerabilidade climática que persistem na região.
Também analisaremos o impacto global da segurança alimentar e as metas ambiciosas da ONU para erradicar a fome até 2030.
Visão Geral do GHI 2025 na América do Sul
A visão geral do Índice Global da Fome (GHI) 2025 revela um cenário alarmante na América do Sul, com o Brasil, apresentando uma pontuação de 6,4, posicionando-se entre os oito países mais famintos da região.
A Bolívia, com 14,6 pontos, lidera a classificação, destacando uma situação de ‘fome moderada’.
O GHI utiliza quatro indicadores fundamentais: desnutrição calórica, atraso no crescimento infantil, baixo peso e mortalidade infantil, evidenciando o retrocesso na segurança alimentar global, refletido na média de 18,3 pontos.
Tabela Comparativa de Pontuações Regionais
Com o desafio crescente da insegurança alimentar, a análise comparativa dos índices de fome na América do Sul destaca a resiliência de alguns países.
Os dados do Índice Global da Fome 2025 revelam que tanto o Chile quanto o Uruguai mantêm níveis muito baixos de fome, contrastando com seus vizinhos.
Enquanto isso, o Brasil e a Bolívia enfrentam desafios mais significativos.
A tabela a seguir ilustra este contraste marcante:
| País | Pontuação GHI 2025 |
|---|---|
| Chile | <5 |
| Uruguai | <5 |
| Brasil | 6,4 |
| Bolívia | 14,6 |
Os níveis reduzidos de fome no Chile e no Uruguai se devem a políticas eficazes de segurança alimentar.
Em contraste, a vulnerabilidade à desigualdade socioeconômica e a condições climáticas adversas continuam a impactar o Brasil e a Bolívia negativamente.
Indicadores Avaliados pelo GHI
Os indicadores avaliados pelo Índice Global da Fome desempenham um papel crucial na compreensão da insegurança alimentar global e suas ramificações para o desenvolvimento humano.
Esses indicadores não apenas identificam as áreas mais afetadas pela fome, mas também ajudam a formular políticas eficazes para mitigar esses problemas.
- Desnutrição calórica: reflete a dieta insuficiente em energia alimentar disponível para a população, indicando consumo inadequado de calorias.
- Atraso no crescimento infantil: evidencia a consequência de desnutrição crônica em crianças, resultando em estatura e desenvolvimento inadequados para a idade.
- Baixo peso em crianças: revela a subnutrição aguda, onde crianças têm peso abaixo do esperado para a altura, afetando diretamente a saúde e resistência a doenças.
- Mortalidade infantil: indicador da saúde geral das crianças, sinalizando o impacto extremo das condições alimentares e da qualidade dos serviços de saúde.
Esses indicadores mostram diretamente os desafios enfrentados por países vulneráveis, sublinhando a necessidade urgente de intervenções estratégicas e sustentáveis para erradicar a fome, principalmente nas regiões mais afetadas como descrito no site da Revisão de Geografia do IB sobre alimentação e saúde.
A adoção dessas medidas, principalmente diante dos efeitos de conflitos e mudanças climáticas, é essencial para promover melhorias contínuas e sustentáveis na segurança alimentar.
Desigualdade e Vulnerabilidade Climática no Brasil e Região
O agravamento da desigualdade socioeconômica e a crescente vulnerabilidade climática exacerbam a fome no Brasil, refletindo na elevação dos preços dos alimentos.
A Declaração sobre Impacto do Clima, discutida recentemente, destaca que eventos climáticos extremos têm danificado colheitas e desestruturado cadeias de abastecimento.
Isso provoca um efeito cascata que impacta diretamente nos custos, tornando alimentos básicos inacessíveis para muitos brasileiros.
Além disso, a saída do Brasil do Mapa da Fome não reflete a realidade enfrentada por 8,4 milhões de pessoas que ainda convivem com a insegurança alimentar.
A inflação e o aumento de preços tornam a dieta saudável uma meta distante para 23,7% da população. É crucial que políticas públicas efetivas combatam a desigualdade enquanto adaptam-se às realidades climáticas para reduzir esses números alarmantes.
Brasil Fora do Mapa da Fome da ONU: Avanços e Desafios
Os avanços do Brasil na luta contra a fome são notáveis, especialmente após sair do Mapa da Fome da ONU em 2025. O país conseguiu reduzir a insegurança alimentar para menos de 2,5% da população, resultado de políticas públicas eficazes e investimentos extensivos em programas sociais.
De acordo com o Relatório ONU 2025, essa conquista reflete uma estratégia bem-sucedida em nutrir os mais vulneráveis, mas desafios significativos ainda persistem.
Apesar do avanço significativo, o Brasil ainda enfrenta a dificuldade de reduzir o número de 8,4 milhões de pessoas que continuam a sofrer com a fome.
Essa situação complexa conecta-se com fatores como desigualdade social e vulnerabilidades climáticas, além dos impactos econômicos causados pela inflação nos preços dos alimentos.
A fome, portanto, permanece uma questão crítica que exige atenção contínua e um esforço coordenado para reforçar a segurança alimentar no país, preservando assim os triunfos alcançados e ampliando o suporte às comunidades mais necessitadas.
Meta de Fome Zero 2030: Perspectivas e Obstáculos
A meta de Fome Zero até 2030 enfrenta desafios significativos que tornam seu cumprimento cada vez mais distante.
As classificações do Índice Global da Fome 2025 revelam que a média global de 18,3 indica um retrocesso na segurança alimentar.
No Brasil, esse cenário é intensificado por conflitos armados que afetam a governança, assim como por eventos extremos ligados às mudanças climáticas, que comprometem a produção agrícola.
Além disso, a inflação nos alimentos agrava a insegurança alimentar ao elevar os preços, dificultando o acesso das populações mais pobres.
Embora o Brasil tenha saído do Mapa da Fome, ainda há milhões enfrentando a fome.
A combinação desses fatores condena muitos países da América do Sul a viverem uma realidade de fome persistente, impossibilitando alcançar o objetivo global estabelecido pela ONU.
Em resumo, o cenário de segurança alimentar global é preocupante, com desafios persistentes para o Brasil e outros países da América do Sul.
A luta contra a fome continua sendo uma prioridade urgente que demanda atenção e ação coordenada de todos os setores da sociedade.