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Flamengo Busca Bloquear Repasses de Direitos

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Bloquear repasses de direitos de transmissão é o cerne da recente ação judicial movida pelo Flamengo na Justiça do Rio de Janeiro.

O clube busca impedir a divisão das verbas, que considera prejudicial à sua posição no Campeonato Brasileiro.

Com um valor em disputa de R$ 77,1 milhões, a polêmica gira em torno do modelo de distribuição adotado pela Libra, que o Flamengo considera injusto.

Neste artigo, vamos explorar os argumentos do clube, as implicações financeiras dessa disputa e a busca por um consenso dentro da liga.

Ação Judicial do Flamengo e Valor Contestado

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O Flamengo recentemente tomou uma medida drástica ao entrar com uma ação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O objetivo é o bloqueio de R$ 77,1 milhões da Libra, referentes ao segundo repasse dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.

O clube alega que a atual divisão de verbas produz um prejuízo substancial.

Segundo o Estadão, a insatisfação do clube advém da metodologia da Libra, que distribui os recursos de maneira considerada desvantajosa para os times de maior audiência.

Com uma repartição de 40% igualitária, 30% baseada em resultados esportivos e 30% conforme a audiência, o Flamengo contesta, principalmente, a fatia atribuída à audiência.

O clube afirma, ainda, que o atual modelo gera um déficit anual de mais de 100 milhões de reais.

Eis as razões centrais da contestação:

  • Metodologia de divisão desigual.
  • Prejuízos financeiros significativos.
  • Reconhecimento insuficiente do potencial de audiência do clube.
  • Falta de consenso em reuniões da Libra.

Modelo de Distribuição de Receitas da Libra

O modelo de distribuição de receitas da Libra baseia-se em três pilares fundamentais.

Inicialmente, a distribuição busca assegurar uma base igualitária ao propor a alocação de 40% das receitas de forma igual para todos os clubes participantes, assegurando um equilíbrio essencial para a manutenção das operações básicas.

Ademais, uma parte significativa das receitas, correspondente a 30%, é distribuída com base nos resultados esportivos, premiando aqueles clubes que apresentam uma performance privilegiada ao longo das competições.

Este critério fomenta um ambiente competitivo, incentivando as equipes a sempre buscarem melhores resultados.

Finalmente, os 30% restantes são calculados de acordo com a audiência, reconhecendo a importância do *share* e da capacidade de atrair telespectadores e torcedores, fundamental para a sustentabilidade financeira de longo prazo.

Para mais detalhes sobre o modelo de divisão você pode acessar Libra detalha sua proposta de divisão de receitas aqui.

Argumentos Financeiros e Reivindicações do Flamengo

O Flamengo apresentou uma ação na Justiça do Rio de Janeiro visando o bloqueio dos repasses dos direitos de transmissão para clubes da Libra.

Este movimento ocorre em função das discordâncias sobre a forma como a liga, a Libra, distribui suas receitas.

O clube carioca argumenta que seu potencial como gerador de receitas e audiência é desproporcionalmente reconhecido na atual divisão das verbas.

Segundo o Flamengo, a distribuição, com 40% das receitas de maneira igualitária, 30% por desempenho esportivo e 30% por audiência, resulta em um prejuízo anual de mais de 100 milhões de reais ao clube.

Isso decorre da sua inegável superioridade em termos de audiência entre os times da liga.

A discordância se tornou pública após diversas assembleias em que o consenso não foi alcançado.

O Flamengo, então, elenca suas principais demandas:

  • Redefinição na divisão dos direitos
  • Reconhecimento de sua audiência superior
  • Uma compensação financeira adequada

Para mais detalhes, você pode consultar o artigo sobre a bloqueio judicial conseguido pelo Flamengo.

Essas posições reforçam a permanência da equipe na busca por um acordo justo entre as partes.

Tentativas de Acordo e Caminho para a Justiça

Em um esforço para resolver suas diferenças com a Libra, o Flamengo participou de diversas assembleias buscando um consenso sobre a divisão de receitas.

No entanto, o modelo proposto pela liga, que compartilha a receita de transmissão em 40% de maneira igualitária, 30% segundo os resultados esportivos e 30% conforme a audiência, foi continuamente contestado pelo clube.

Nas assembleias, o Flamengo expressou várias vezes sua insatisfação com a atual divisão, alegando que não reflete adequadamente sua capacidade de geração de receitas.

Em assembleias passadas, o clube também salientou seu poder de audiência, que chega a representar cerca de 47% da torcida total.

Devido à falta de consenso e com perdas financeiras significativas, o Flamengo decidiu buscar a Justiça para garantir uma divisão mais justa.

Durante o processo de negociação, algumas tentativas de conciliação foram colocadas em prática:

  • Definição clara de critérios que refletem a audiência real de cada clube
  • Proposta de um cálculo que contemple potencial de geração de receitas
  • Mecanismos de avaliação e ajustes periódicos das condições
  • Discussões para uma possível revisão de estatutos lenientes à proporção proposta

Apesar dessas tentativas, a insistência da Libra em manter o modelo vigente levou o Flamengo a tomar medidas legais, na expectativa de aproximar a divisão do potencial financeiro e representatividade do clube, como salientado na decisão judicial liminar.

Em resumo, a luta do Flamengo por justiça nas receitas de transmissão revela as tensões dentro do futebol brasileiro em relação à equidade e à valorização das equipes.

A ação judicial reflete a necessidade de um diálogo mais eficaz entre os clubes para solucionar essas divergências.