Durante o clássico entre o Atlético de Madrid e Real Madrid, houve um ataque racista contra o brasileiro Vinícius Júnior. A justiça espanhola abriu uma investigação para apurar os fatos, segundo o Ministério Público Provincial de Madri.
A investigação teve início como resultado de uma ação movida pela associação Movimento Contra a Intolerância.
O Ministério Público de Madrid solicitou que a polícia analisasse as gravações de vídeo do jogo e identificasse quais pessoas proferiram os insultos racistas contra o jogador.
Pediu também que, se fosse possível, a polícia informasse se essas pessoas teriam algum envolvimento com grupos de ideologia extremistas e/ou grupos violentos.
Insultos racistas da torcida
O MP também investiga se houve mais palavras de conotação racista dentro do estádio contra Vinícius, solicitando ao serviços de segurança do clube, as informações necessárias, como a súmula.
Durante o jogo entre o Real Madrid, clube de Vinícius, e o Atlético de Madrid, torcedores nas arquibancadas gritaram vários insultos racistas, antes e durante a partida, dirigidos à Vinícius.
Para piorar, diversos objetos foram arremessados contra o atacante e no outro brasileiro, Rodrygo. Objetos como isqueiros eram arremessados das arquibancadas para o campo.
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A LaLiga (primeira divisão da liga espanhola de futebol profissional com clubes espanhóis), fez um anúncio dizendo que seria reportado à comissão disciplinar da Federação Espanhola de Futebol o ocorrido durante o jogo.
Por outro lado, dirigentes do Atlético de Madrid preferem permanecer em silêncio, aguardando que Pedro Sánchez, presidente da Espanha, se pronuncie.
Pronunciamento do Presidente da Espanha
Após o ocorrido, o presidente espanhol se pronunciou: “Espero uma mensagem forte dos clubes contra este tipo de comportamento. Isso é o que peço à minha equipe”. Sanchez é um grande torcedor do clube Atlético de Madrid.
Após o pronunciamento do presidente, o Atlético de Madrid disse que condena os cânticos inadmissíveis, e reforça que foi proferido por uma minoria entre os torcedores.
“Não vamos permitir que nenhum indivíduo se esconda atrás das nossas cores para proferir insultos de caráter racista ou xenófobo”, declarou o clube em comunicado à imprensa.
A polêmica só aumentou na semana passada, quando Pedro Bravo, presidente do AEAF (Associação Espanhola de Agentes de Jogadores de Futebol, pronunciou, em canal de televisão, no programa El Chirinquito, o seguinte: “Tem que respeitar seus colegas de profissão e parar de bancar o macaco”.
O apoio nas redes sociais ao jogador foi muito grande, principalmente na rede social Twitter.