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Aperto monetário global: entrave para economia brasileira

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Surgiu mais um entrave para a economia brasileira: o aperto monetário global, um movimento de alta nos juros entre as principais economias mundiais.

Com o aperto monetário, analistas dizem que pode ocorrer uma desaceleração global, e com isso, a economia brasileira pode cair ainda mais no próximo ano de 2023, sendo que as previsões atuais já são de apenas 0,5% de crescimento.

Os analistas ainda contam que, com a atuação mais rígida dos Bancos Centrais dos países, a pressão a respeito do rumo de contas públicas de um país, aumenta.

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O cenário mundial já é de inflação elevada, tendo uma extensa lista com os Bancos Centrais mundiais com juros em alta. Como exceção, citamos China e Japão, que rumaram outros caminhos.

Bancos Centrais Mundiais

Na última quarta-feira, dia 21 de setembro, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA), elevou as taxas de juros para 0.75%.

Logo após isso, na quinta-feira, dia 22, o BoE (Banco Central da Inglaterra), também subiu seus juros, sendo este em 0,50%. Assim, o aperto monetário veio do BCE (Banco Central Europeu).

“Há uma particularidade nesse momento. A inflação é global. É necessário que os principais Bancos Centrais tomem as rédeas da alta de preços e subam os juros. É um aperto global não visto há muitos anos”, declara Sílvio Campos Neto, economista da Tendências.

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O aperto monetário no Brasil foi interrompido graças ao Copom (Comitê de Política Monetária), que manteve a taxa Selic em 13,75%.

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O que acontece na prática

Para entender melhor, o que acontece na prática com o aperto monetário é que os juros altos acabam encarecendo o crédito das famílias e os investimentos das empresas do país, isso tudo, prejudica a economia.

Como isso está acontecendo mundialmente, tendo um aperto monetário global, o mundo vai em uma tendência de menor crescimento. Assim, acontece também uma queda nos preços das commodities. Isso afeta diretamente o Brasil, já que o país é um dos grandes exportadores de minério de ferro e soja.

“Um PIB global mais baixo no ano que vem é ruim para as exportações brasileiras. Hoje, a gente projeta um crescimento de 0,7%, 0,8% para o Brasil em 2023″, declara Marco Maciel, sócio e economista da Kairós Capital.

“Por que não projetamos 1,2%? Porque uma parte desse pedaço vem justamente da desaceleração da economia global, acabando por resvalar na nossas exportações”, finaliza o economista.

Cenário global

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No cenário global, o aperto monetário fará e já faz com que vários investidores avaliem criteriosamente os rumos de contas públicas, não sendo diferente no Brasil.

O futuro do teto de gastos ainda está incerto, o que é preocupante devido ao teto de gasto ser a principal âncora fiscal do Brasil. Fora isso, o governo terá de lidar com pressões de aumento de gastos, visando, principalmente, a manutenção do Auxílio Brasil, que encontra-se em R$ 600,00 (seiscentos reais).